CUIDAR OU NÃO CUIDAR?
Acho que o perdão e o único remédio para esta situação, se conseguimos ter uma conversa com o familiar ou amigo, antes de cuida-lo e esclarecer todas as duvidas e sentimentos e perdoar de coração e alma, temos mais chance de cuidar desta pessoa.
Eu passei por uma situação parecida, tinha problemas com minha mãe, foi muito dificil para mim, tive que procurar ajuda de uma psicologa, e consegui resolver todos os atritos antes da sua partida, com uma conversa franca e direta, pois não havia mais tempo para prorrogação.
Descobri que muitas coisas eram da minha imaginação, então o perdão foi o melhor para nós duas.
Adorei esta reportagem do Cuidadores de Idosos e estou postado aqui no blog para dividir com você esta polêmica que hoje é tão atual, cuidar ou não cuidar.
A DOR DE CUIDAR DE ALGUÉM QUE JÁ LHE CAUSOU DOR
Certas experiências nos marcam por toda a nossa vida, principalmente aquelas que nos trazem muitas alegrias ou sofrimentos. No caso de experiências ruins, estas situações podem ser ainda mais marcantes se acontecerem nos primeiros anos de vida, no seio familiar e se ocorrerem freqüentemente.
Episódios de violência familiar seja ela física ou psicológica são alguns destes exemplos que podem refletir anos após sua ocorrência, podendo trazer conseqüências até mesmo no fato de cuidar de um idoso que necessita de cuidados por parte da família.
O relato de uma filha e cuidadora nos faz sentir mais próximos com esta situação delicada (transcrito na íntegra):"Ser cuidadoso de idosos é uma m, meu pai machucou-me a vida inteira, abusava de mim, da minha irmã abandonou a família e agora fica aqui que nem um coronel, se suja, mexe em tudo, na minha casa, só faz o que não gostamos, atrapalha nossa vida, machucou minha mãe a vida inteira, fez mal pra toda família nos abandonou e agora eu tenho que ficar aqui, cuidando dele. Que m!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Nem me relacionar bem com os homens, com as pessoas eu posso.
Não confio nas pessoas, é culpa dele!"Já falamos das dificuldades enfrentadas pelo cuidador que se sente vítima dos sintomas da Doença de Alzheimer, que deixa sua vida em segundo plano para cuidar de um familiar, que assume esta função sozinho, sem a ajuda de ninguém, mas não foi citado um caso ainda mais especial: o do familiar que se vê literalmente obrigado a cuidar de um familiar do qual ele guarda algum ressentimento em função de situações ocorridas em seu curso de vida.Mais do que ninguém, este cuidador precisa muito de ajuda: da família, para que possa dividir um pouco esta tarefa tão custosa (mesmo que para todos eles seja difícil); de profissionais multiprofissionais, para que cuidem do bem-estar deste cuidador (talvez a escuta de um profissional da psicologia poderia ser válida) e de um cuidador profissional, para que também seja mais uma pessoa para cuidar deste idoso (por ser uma pessoa imparcial, que não carrega as mesmas mágoas em função do passado)
.Psi. Luciene Miranda
O que vocês acham dessa situação, muito triste por sinal?